domingo, 23 de janeiro de 2011

You can call me lucky, but I'm not so sure.

Desde que fiquei on line, o desespero e a ansiedade estão em taxas elevadíssimas. Agora não depende mais de mim, da STB ou da APC, mas da sorte de alguma boa família gostar do meu perfil e ter a bondade de entrar em contato.
Com o fim da faculdade, fiquei com bastante tempo para ler os blogs e também a comunidade e é por lá que acompanho o desespero das meninas que estão na mesma situação que eu, apenas esperando famílias.

No post anterior eu comentei apenas sobre a primeira família que apareceu, eram da South Carolina e o maior problema era o fato de ser tão no meio do nada que me deram a opção de estudar na North Carolina, veja só.
De lá pra cá, mais quatro famílias me apareceram. Isto mesmo, mais quatro famílias em apenas dez dias. Você deve estar pensando que eu sou bem sortuda, já que em tempos difíceis de famílias eu tenho tido tantos contatos, mas não é bem assim. Senta que lá vem a história...

A segunda família de quem recebi notificação era do Oregon [láá do outro lado do país, onde não rola interesse algum em morar]. Li o perfil já sem ânimo pela localização e logo recebi o email da HM reclamando algo sobre não ter conseguido me contactar direito e eu aqui sem entender nada. Verifiquei meus telefones e nada. Só depois percebi que ela tinha enviado o email pra mim e mais três meninas, então uma delas era a incomunicável. Juntou essa indelicadeza da mãe com o meu desinteresse por morar quase na fronteira do Oregon com Washington e eu decidi nem responder o email.

Passei dois dias pensando se era certo rejeitar uma família só pelo lugar onde eu teria de passar um ano e me chega email e notificação de uma outra família, dessa vez, de Connecticut. :D
Ah, agora sim me animei. Pela primeira vez surgiu a chance de morar na área que eu desejava desde o princípio. Alguns desencontros por causa do fuso horário e tivemos nossa primeira conversa via Skype no domingo. A mãe foi uma simpatia, conheci o pai e também o baby (10mo). Mesmo que babies não sejam bem o que eu quero, era apenas um e já teria um ano quando eu chegasse. Fiquei bem animadinha mesmo e a mãe até sugeriu que eu conversasse com a atual au pair deles.
De tarde, ela já me chamou no Skype para conhecer a moça, mas ela mesma ficou conversando comigo, tirando mais dúvidas e dando mais instruções. Depois ela me enviou o email e skype da au pair para que na próxima conversa eu pudesse ver o meu futuro quarto. Sim, tudo rápido assim.
E eis que chegam os problemas... na mesma noite, perguntando ingenuamente sobre o curfew, a menina disse que não sabia responder porque só saía de noite para a biblioteca e pronto. oi? Imediatamente, ela chamou a host que passava em frente ao quarto [sim, conversamos com a porta do quarto dela aberta e o quarto ficava ao lado dos hosts e do baby]. Ela veio toda simpática, até descobrir que eu gostaria de saber se teria hora para voltar. A mulher mudou completamente, disse que na semana eu poderia chegar até onze da noite, já que trabalharia no dia seguinte e precisaria de uma boa noite de sono, mas no final de semana podia voltar meia noite. Oi?

Não fosse isso, ela ficou realmente brava e perguntou se eu pretendia viver saindo a noite e eu disse que não era isso, mas queria de saber quais seriam as regras. Ela ficou bem irritada com a possibilidade de ter uma au pair baladeira, mas na hora a tranquilizei. Depois pensando com calma me chateie por pensar que, pela primeira vez na vida, eu teria toda essa cobrança com horários. Talvez eu até passe um ano inteiro voltando pra casa no horário da Cinderella, mas eu aceito que seja assim pela minha vontade e não por imposição dos outros. Ela continuou me mandando emails, mas eu parei de responder. Não foi simplesmente o fato de não poder voltar tarde, mas percebi que ela era bem inflexível quando o assunto a desagradava e eu gostaria de viver com gente que pudesse conversar e ceder, quando possível, e ela não demonstrou isso.

Nisso, recebo uma ligação em casa da APC querendo repassar uma chamada da host do Oregon. AI MEU DEUS. Conversamos uns cinco minutos, todo mundo nervoso, mas ela foi uma fofa. Tão fofa que eu cogitei por minutos morar no Oregon e até pesquisei umas coisinhas, mas passou. Ela ficou de mandar email e eu fiquei rezando pra que nunca chegasse. Como esse povo é tão amável, hein?

No meio desse pessoal da agência, essa semana me chegou uma mensagem do GAP de uma host da Virginia respondendo a um recado interessado meu. Trocamos uns três LONGOS emails, ela tinha começado a pesquisar e tava pensando em ter uma au pair. Bom, a mulher é linda, a família é fantástica e ser au pair deles seria um sonho. Até entrar na agência ela topou, me deu conselhos pra vida e ficou nessa coisa completamente amazing. Eu vi minha vida na Virginia e, de repente, ela disse que escolheria uma garota até o fim do mês e queria conversar comigo no Skype. Isto foi quinta-feira e aqui estamos, cri cri...

Sofrendo na espera da host da VA, recebo notificação e email de uma família do norte de New York, quase no Canadá. Vamos ver o perfil e QUATRO kids, sendo trigêmeos de um ano e meio e outro de 3. Não, nem condições, mas insisti em ver as fotos e eles são as coisas mais lindas. Pena que eu não sou maluca, senão ia mesmo só pela fofura dos meninos.

Volto pro meu email e chega uma mensagem imensa da host do Oregon, ai Jesus.

Fim de domingo, vim aqui só postar pra vocês essas novidades e também que eu voltei pra escolinha que trabalhava ano passado e sou novamente uma pessoa empregada, chega outra notificação e email de uma família de Illinois com duas kids e um recém-nascido. OH MY GOD.



Se alguém leu tudo isso deve estar pensando que eu sou a pessoa mais fresca do mundo por estar reclamando, mas eu nem reclamando estou. Como já disse antes, não estou com pressa ainda e não vou topar qualquer família. Das cinco que me apareceram pela APC, nenhuma funcionou por causa do tamanho das kids [apenas a do Oregon porque né].
Eu não vou sair escolhendo a idade exata, mas eu sei que não seria capaz de cuidar bem de uma criança menor de um ano, ainda mais se tiver mais que uma em casa. Seria loucura e logo eu estaria aqui chorando e querendo voltar pra casa, então vamos fazer as coisas direito.

No momento, só queria que a senhora da Virginia voltasse e dissesse que quer, ao menos, conversar comigo. Tava tão fall in love com ela. Que ela volte ou que surja alguma família tão linda quanto ela porque agora eu tenho um emprego e posso ter um match sem roubar bancos ou vender orgãos. :)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"Não declare que as estrelas estão mortas só porque o céu esta nublado"

E cá estamos de volta, sem muitas novidades, apenas pra dar um sinal de vida.

Duas semanas on line e pra não ser só reclamação vou confessar que uma HF da South Carolina entrou no meu perfil e até mandou email, respondi bonitinho e tal, apesar de não curtir muito a localização e uma das kids ser muito pequena. Sou fresca?
Talvez, mas enquanto não tô desesperada e louca querendo embarcar, vou me dar a liberdade de "escolher". Se demorar muito e bater o medo de ficar mofando no Brasil até julho, aí eu topo até recém-nascidos trigêmeos no Texas, mas por enquanto tá tranquilo.

A verdade é que eu não tenho preferência de idade das crianças, amei cada segundo que fiquei com os de um ano na creche, como também adorava ficar com os de seis anos, mas o ponto é que meu maior interesse seria encontrar aulas bacanas e a maioria delas é no período manhã/tarde. Se as kids estiverem na escola, fica muito mais fácil, concordam?
Claro que eu sei que alguns colleges ofertam aulas a noite, se for o caso, pode ser assim também. Mas vejam o caso dessa em SC: perguntei por colleges/universities próximas e ela me falou da que a atual au pair frequentava na North Carolina. oi?
Vejo meninas que os cursos são há quadras de casa e elas não conseguem frequentar, imagine ter que ir a outro estado, mesmo que próximo?

Enfim, acho que a host mom me achou boa, mas meus interesses eram incompatíveis com a família. Sem falar que perguntei do schedule e ela disse que era de oito da manhã à oito da noite, mas que ela não tinha muito horário pra voltar, podia demorar, era imprevisível. Isso com uma kid em tempo integral. #NOT

E foi isso. No mais, estou ainda procurando emprego e nada. Liguei ontem na escolinha pra ver se eu ainda volto pra lá e a dona me disse que é provável que sim, mas só pode me responder em fevereiro quando os pais voltam pra fechar matrícula. Eu já disse que neste momento mais da metade dos meus ex-aluninhos estão de férias nos EUA e na Europa? Pois é, triste. Só digo isso. ;~~

beeijos ;*

ps: e hoje foi minha primeira postagem no blog das 30 au pairs. nada de novo ou original, mas depois melhora. I hope so...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"Stand by me, nobody knows the way it's gonna be..."

E começa 2011, o ano em que estou me sentindo mais perdida na vida.
Acabou a faculdade e sem empregos, a única coisa que eu tenho certa até agora é a idéia de ser au pair. Ainda estou me sentindo meio estranha com essa situação nova de liberdade, de não ter obrigações a não ser esperar que as famílias falem comigo e que possamos ver onde pode ser mais confortável passar os próximos meses.
Na verdade, eu ainda preciso arrumar um emprego antes de ir porque muitos gastos ainda virão. Vou aguardando o contato da escola que eu trabalhei, é bem possível que liguem porque estão precisando de professoras e auxiliares, mas muitas futuras au pairs deve aparecer por lá e eles podem adiar contratações ao máximo, enquanto tiverem ajuda voluntária. Só me resta esperar.

Esses dias voltei a me sentir mal e questionar 'por que raios eu vou passar um ano sem estudar coisas na minha área?'. Acho que isso é mal de quem nunca parou e teve tempo para si, só pode, mas já passou também. Pensei no investimento que vai ser e já pedi aos amigos que sempre me lembrem das coisas que eu estou indo fazer lá, caso eu diga que não quero mais ir.
Alguém me aconselhou a não parar minha vida e meus planos apenas esperando que as famílias entrem em contato, mas o grande problema é que se não for au pair, os outros planos são bem maiores e precisam que a viagem seja colocada de lado, não é algo que convive junto com uma possível mudança daqui a alguns meses. Vamos ver...

Mas tudo isso deve ser a ansiedade também. Por sinal, acabei nem comentando, mas fiquei on line quarta-feira passada. Morri de ensaiar o que dizer e esperar a ligação e, no fim, a AuPairCare simplesmente mandou apenas um email dizendo que meu perfil foi aprovado, sem entrevista nem nada. ¬¬'

Bem, então que venham as famílias. :)