segunda-feira, 21 de março de 2011

Last post from Brazil...

[na verdade, a postagem tá sendo feita direto de Miami porque meu avião de Fortaleza para Guarulhos atrasou, teve duas panes que depois aparentemente sumiram, e em seguida o desespero pra preencher o I-94 certinho antes do embarque!]


Como as minhas queridas amigas cobraram, estou escrevendo do aeroporto esse último post em terras brasileiras. Como o tempo entre a aprovação do visto e o embarque foi mínimo e ainda reduzido pelos dias de feriado do Carnaval, só pude resolver as pendências da viagem nesta minha última semana. E foi tudo de uma vez só.

Toda a tensão com a espera do passaporte com o visto, a burocracia com a PID, os presentes para os hosts e kids, o projeto da APC, os últimos encontros com as pessoas queridas. Toda essa trabalheira que dá quando te falam que AGORA VAI pra resolver apenas nesses últimos cinco dias. Acabou que não deu tempo pra tudo, estou indo sem deixar procuração nenhuma e sem levar um sonrisal sequer porque não consegui encontrar meu médico e também não houve muito tempo pra ir atrás de outro. Mas vou mentalizando que vai dar tudo certo e vou. ;)

Não chorei pra valer na despedida com a família ou com os amigos. Não foi por pouco gostar ou indiferença pelo tempo que vamos ficar separados, mas eu ainda não assimilei a idéia de que em algumas horas eu vou estar em um avião rumo a Miami e depois pra NY. Talvez a ficha caiaça quando colocar os pés lá, talvez no treinamento ou quem sabe só quando chegar na casa dos hosts.
O que todos têm certeza é que uma hora isso acontecerá porque eu sou muito manteiga derretida e só não me dei conta ainda do que essa viagem significa na vida das pessoas que eu deixo.

O lado bom é que uma parte das pessoas maravilhosas que deixo aqui estarão comigo daqui a três meses do outro lado do Oceano e vamos poder dizer que "apesar de tudo, estamos as quatro aqui em [insira aqui o nome de uma das cidades fantásticas por onde passaremos, seja Nova York, Philadephia, DC ou San Francisco]".
E não vou dizer que acho que vai ser tudo mil maravilhas, tenho noção da responsabilidade que tudo isso representa e devo dizer que apesar de todo o preparo dos últimos meses, de vez em quando ainda me sinto insegura com o desafio que acabei de topar, mas vamos em frente. Este é o momento e chegou a hora de viver essa parte da história.

Por fim, queria apenas agradecer a todas as meninas que passaram por aqui e me deram palavras de força e coragem. Sinceramente, não teria dado tão certo sem um apoio de cada uma. Foi assim na busca por famílias, na entrevista no Consulado e agora no embarque. Sigo mentalizando todos os desejos feitos nas caixinhas de comentários e espero de verdade encontrar cada uma de vocês para um abraço de agradecimento. Como eu sempre brinco, a gente entra no programa procurando famílias e acaba encontrando grandes amigas. ;~~


Até o próximo em solo americano!

quinta-feira, 3 de março de 2011

I GOT MY VISA! :D

Pois bem, pessoal. Eu não abandonei o blog ou coisa do tipo, mas as últimas semanas foram de muita correria com toda a documentação necessária pra entrevista do visto americano, além de todas as crises de desespero com o preenchimento do DS-160, mas no fim tudo deu certo!

Obrigada a todos que torceram, rezaram, cruzaram os dedos, acenderam velas ou colocaram trabalhos nas encruzilhadas, obrigada mesmo. Eu sei que vocês desejaram tudo de bom de verdade e acho que por isso que deu tão certo. Fah Pasquini vai pro céu de tanto que aguentou todos os meus surtos e me acalmou. E a Camilla, Larissa e Mel que tanto me fizeram acreditar que o visto já era meu. Mas como isso não é o Oscar, chega de agradecimentos e vamos a entrevista que é o que interessa. ;)

Cheguei em SP umas onze da noite e achei melhor não dormir porque fiquei com medo de perder a hora. Mesmo assim fiquei enrolando porque estava chovendo e quando cheguei no Consulado eram quase seis da manhã, embora isso nào tenha impedido que eu fosse tomando banho de chuva.

Lá acabei sendo uma das primeiras... na verdade, a quarta da fila. Aí fui pra pré-entrevista, marcação das digitais e até que depois de uns quarenta minutos fui chamada pra entrevista real, tinha só um guichê atendendo até então. Na fila, conheci um garoto que tá indo visitar a namorada semana que vem, ela também é au pair. E nisso ficamos lá, ele tentando me distrair e eu repetindo o mantra: "eu só vim aqui buscar meu visto, só vim buscar", haha.
Então abriram dois guichês de entrevista e chamaram meu amiguinho e eu.
Fui logo enviada pra mulher e já fiquei com o pé atrás porque mulher nunca vai muito com a minha cara, mas eu tava a cara da riqueza, super pálida por causa da chuva e ainda com pó no rosto, cabelo lindo e brilhoso e um suéter azul escuro. FINA, EU DIRIA.

C: Bom dia!
B: Bom dia!
C: Motivo da viagem?
B: Au pair.
C: So why do you want to be au pair?
B: Because I need to improve my English and I like to be with kids. (Really?)
C: Where are you going?
B: Fairfax, Virginia.
C: Did you go to the college? And finished?
B: Yes. Yes.
C: What do you do?
B: I'm a teacher at a bilingual school.
C: Do you teach English?
B: Yes.
C: And what will you do when you come back to Brazil?
B: I will get my Master degree.
C: In what?
B: Political Science.
C: I see... Where did you go in the college?
B: Sorry? [Eu entendi, mas não tava acreditando que ela queria o nome do lugar, haha]
C: Where did you go in the college?
B: Oh, in my city, at the Universidade Federal do Ceará.

Ela parou e ficou apenas olhando pra mim e pro computador, digitou alguma coisa e num português bem ruim disse:

C: Você é formada? [acho que ela pensou que eu não tinha entendido direito quando disse que fiz college no começo da entrevista, entao ela tentou de novo em português].
B: Sim.
C: Mas você tem 21 anos?
B: Sim.
C: E já é formada sendo tão jovem?
B: Sim. [sorriso maior do mundo com a cara de garotinha esperta do papai].

Digita, digita, digita.

C: Nossa, tão jovem e formada, parabéns! [e me deu um sorrisão que foi super retribuído].

Nessa hora o microfone dela deu interferência em toda a ala de entrevistas e ela me disse:

C: Tudo bem, tudo certo.
B: [oi? cadê o "your visa was approved and bla bla?"]
C: Você me ouve?
B: Sim, sim.
C: Ah, tudo certo, tudo certo, pode ir pagar o SEDEX ali e tenha um bom dia. :)


LINDO ASSIM. Vocês acreditam? *_*
Todo mundo sabe o quanto eu estava com medo porque mal tenho laços com o Brasil mesmo, foi uma confusão de documentos pra poder arrumar o suporte financeiro, quase uma guerra familiar, se fosse negado eu teria que trabalhar mais uns dois ou três meses pra conseguir a grana de novo e no fim foi só isso. Saí de lá nem eram 8:20.
Te amo, senhorinha do guichê 12. <3

Agora perguntem se eu tô preocupada? Se eu tô enlouquecendo? Se eu tô saltando aqui na sala? Não, não e não. E simplesmente porque a ficha não caiu, nem no dia que fiz o 'match' tão desejado, nem hoje com o melhor "sim" do Universo, mas quem sabe aconteça quanto o avião aterrissar lá no outro continente. ;)
E vamos começar a correr porque só faltam 17 dias!

beijo, meninas!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

I HAVE A MATCH! \o/

É, é isso mesmo que vocês leram aí em cima. Eu tenho um match. ;)
Vou contar como foi... [preparem-se, email BEM longo. sejam boas au pairs e exerçam a paciência!]

Bem, da última vez que postei comentei que tinham aparecido mais duas famílias no meu perfil. Pois é, mais uma de Washington e outra da Virgínia. Minhas amigas sabem como eu queria demais morar perto de DC, ainda mais na Virgínia já que a Fah Pasquini também está indo pra lá e hoje ela é uma das pessoas mais especiais pra mim. Morar perto dela ia ser fantástico. Bom, o caso é que nenhuma das duas famílias me mandou email, apenas pegaram meu application. A de Washington, além de não me interessar por ser longe de todas as minhas amiguinhas au pairs, ainda tinha CINCO crianças, dentre elas, lógico, um recém-nascido. Oi?
A da Virgínia tinha apenas dois garotos, um de quase três anos e outro de quase dois. *_*

Lógico que com algum incentivo da Fah resolvi mandar um email mostrando toda a minha disponibilidade e interesse pra segunda família. Foram três ou quatro horas de espera por um email que não veio, mas me adicionaram no Skype e antes que eu pudesse aceitar, ligaram no meu celular. E todo mundo sabe que ligação é bem pior que Skype, daí pedi pra conversarmos por lá mesmo. Eles toparam e lá fomos nós. Deve ter sido pouco mais de 40 minutos de conversa, com algumas falhas na chamada e praticamente só conversei com a host mom, mas eu respondi bonitinho a maior parte das coisas e ainda falei com o boy mais velho, o Max. =)

Isso foi na sexta e eles combinaram que conversaríamos novamente pelo Skype no domingo. Ok, depois enviei um email agradecendo pela conversa [eu sei, eles que fazem isso, mas nesse caso a maior interessada era eu] e explicando melhor algumas perguntas fundamentais que ela fez e assumiu não ter ouvido bem por causa da chamada ruim. Eles responderam algum tempo depois com algumas dúvidas e eu respondi direitinho também perguntando o horário da chamada de domingo. Nisso, ninguém respondeu nada no sábado inteiro e eu quase morri no domingo, até que as 14h ela responde dizendo que iria me ligar às 19h, mas no mesmo horário teria a visita da LCC e só poderia me ligar às 21h. OK.

Toda pronta pra chamada de domingo que se resumiu a 12 minutos dela tentando dizer algo além de "Can you hear me?" sem sucesso. Fiquei bem triste, claro. Se ela fosse supersticiosa ou bem boba, podia achar que era um sinal e me descartar, mas ela apenas se desculpou e disse que me ligaria pela agência na terça à noite. ;~~
Agora seria DUAS noites mal dormidas até lá, mas eu não podia fazer nada além de esperar.

E na terça-feira o sofrimento começou quatro horas antes do horário marcado. E meia hora depois do combinado, eles ainda não tinham ligado e eu já estava considerando que eles tinham fechado com uma menina e esquecido de dispensar o resto. Mas mesmo com o atraso, ligaram. Mais quatro perguntas e a resposta ao meu questionamento sobre o importantíssimo curfew e ela teve que repetir quatro vezes a pergunta sobre eu querer ser au pair deles. *_*

Era tudo que eu queria e precisava ouvir dela naquela noite. Depois rolou um momento gagueira e só conseguia dizer o quanto estava feliz e empolgada, que os quis desde a primeira conversa e agora eu tinha sido escolhida, tudo isso aos pulos. Toda essa euforia, louca pra desligar e sair gritando pela casa e, de repente, escuto o Max dizendo "Hi! I match you". Pode chorar agora?

Mas falando nisso, a manteiga derretida aqui ainda não derramou uma lágrima. Ninguém entendeu o porquê, mas é simples: eu ainda não estou acreditando em tudo isso.

Mas, seguindo, depois o host dad pegou o telefone e eu repetindo que tava feliz com a escolha deles e pedi pra ele me perguntar o que quisesse, já que eu falei apenas com a host mom e ele diz que não precisa perguntar nada porque eles tinham gostado do meu vídeo, adorado minha personalidade e eu tinha dado as respostas certas a tudo que eles quiseram saber e ele simplesmente acreditava em tudo aquilo sobre mim. ;~~
Falamos mais uns 20 minutos e, no final, ele elogiou meu inglês especialmente nos emails e eu pedi pra que a gente não perdesse o contato até a minha data de chegada, afinal de contas, em breve eu viveria na mesma casa que eles, então podíamos ir começando a deixar de ser estranhos a partir daquele momento. Ele adorou a idéia. Eu estava tão eufórica quando fui me despedir que pedi pra eles, por favor, não mudarem de idéia quanto a mim. HAHAHA. O host vai e diz que ele já tinha me escolhido dias atrás e eu era quem eles estavam procurando. Pode chorar²?


Enfim. Não sei se essa vai ser a família dos meus sonhos, se vou ficar com eles um ano inteiro, renovar ou pedir rematch uma semana depois, mas estou me sentindo bastante segura sobre eles, muito feliz por tudo que ouvi e acho que é isso que importa e é como eu gostaria de me sentir nas minhas últimas semanas no Brasil.
Lá não vou ter carro só pra mim, vou dormir no mesmo andar da família e eles não parecem tão derretidos quanto o host de Chicago, mas são apenas duas crianças e eles têm a idade que eu gostaria de cuidar, a mãe quer que eu tenha atividades fora de casa, os pais são bem ocupados, é perto de DC, meu schedule é diurno e prioritariamente na semana [apenas uma vez por mês precisam de mim nos fins de semana por causa do trabalho dele] e eu espero ter sido a escolha certa pra ambos. Isso veremos em breve.

Enquanto isso, eles só pediram o match na APC na quinta-feira e ninguém me mandou email. Descobri sem querer mexendo no au pair room. ;) Depois veio um email dela bonitinho explicando a rotina dela e dando outras explicações. Agora é correr atrás do visto, que é o que vai me tirar o sono pelas próximas semanas. Quem tiver dicas, por favor...

Agradeço a todas que tiveram a paciência e o carinho de ler, mas entendo bem quem fez leitura dinâmica nos parágrafos ou só pulou pra descrição da família, rá! ;)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"Let's make this happen, girl, you gonna show the world that something good can work and it can work for you."

E pra quem no começo do blog reclamava de novidades e de tempo livre sobrando, agora tenho tão pouco tempo que o que vim contar já nem é tão novo assim, mas de qualquer forma é bom deixar registrado.

Lembram que eu falei que a família do Oregon tinha voltado a me mandar emails? Pois bem, no dia seguinte ela fez novamente a APC me ligar e transferir a ligação, já que aparentemente ela não tem conseguido fazer as chamadas direto.
Depois trocamos mais alguns emails e ela se mostrou bem maluca, do tipo: eu nunca poderia sair de casa com as kids. Isso mesmo, NUNCA e pra coisa nenhuma. Tá que eu posso ser criativa, mas passar nove horas trancada em casa durante um ano inventando entretenimento seria uma luta imensa. Depois ela veio falar dos hábitos vegans deles que era uma coisa quase xiita, aí foi o bastante, dei umas respostas mais desanimadas nos emails e ela desistiu. Thank God.

Como tava nessas de responder os emails de todo mundo, enviei um pra família de Illinois que tinha gostado deles, mas que não me sentiria confortável o suficiente pra cuidar de um recém-nascido ou baby menor de um ano. Ele me respondeu prontamente dizendo que eu só ficaria com os dois maiorezinhos (4y e 2y).
Aí a coisa mudou de figura e me animei e combinei de conversarmos em breve pelo Skype, sem pressa já que o bebê nasceu na última terça. E eis que nos dia seguinte ao email, sábado passado, ele me liga no celular e eu nervosíssima pedi pra irmos pro Skype. Lá estava a host, ele e eu. A host ficou muda do começo até quase o final, quando disse que mandaria as questões dela por email. O host foi a pessoa mais LINDA e MEIGA do universo.

E aí começa meu drama. Ele mandou o schedule por email, como eu havia pedido, e também explicou a parte que eu não tinha ouvido direito na chamada... a host tem câncer e vai começar o tratamento esse mês, ou seja, vai estar bem cansada e doente em breve.
Em seguida, chega o email dela pedindo pra eu falar das minhas dúvidas sobre a doença e dizendo que entende se eu quiser desistir por isso. Pronto. Meu coração se partiu em mil pedacinhos porque eu só pude imaginar quantas meninas devem ter desistido ao saber disso.
Fui sincera e disse que isso não seria um grande problema e eu só gostaria de saber para o quê eu deveria estar preparada e o que deveria me causar preocupação.
Mais emails e teríamos uma nova conversa no dia seguinte pelo Skype. Depois fiquei pensando que se a mãe cuidaria do newborn, quando ela tivesse mal, quem assumiria o baby? Entendam, meu problema não é a doença dela, mas o fato de que não teria mais ninguém além de mim para olhá-lo na ausência dela. E isso, definitivamente, é algo que não estou preparada e é o tipo de responsabilidade para a qual não quero estar. Quando for o MEU baby, ok... o dos outros, não!

No Skype, nem tínhamos mais o que dizer e eu tava desanimada, mas sem querer dizer ou saber como fazer isso, então ficamos de irmos nos falando por email. Falaram apenas que queriam alguém pra abril e eu comentei que o mês até seria bom pra mim, se não fossem as parcelas restantes do programa que me impedem de ter um match enquanto não estiverem quitadas. Questionaram quando eu terminaria e eu falei em dois meses pra ver se eles desanimavam e voltavam a procurar alguma garota disponível pra já.
Nos despedimos e 15 min. depois chega um email agradecendo pela conversa, propondo o MATCH e dizendo que se fosse necessário eles pagariam minha dívida com a agência e depois nos acertaríamos. *__*

Sério, o que fazer com isso? Quis morrer, quis aceitar porque eles eram uns amores, quis desistir porque o bebê terminaria sendo meu, voltei a pensar em aceitar porque talvez eu não ache família tão acolhedora e maravilhosa quanto eles, mas terminei por decidir não fechar, afinal de contas, é um ano pra mim e não pra que eu me dedique integralmente a uma família linda que vai me tratar muito bem, mas que não são exatamente a minha vida. E podem me chamar de egoísta, eu entendo demais, mas minha vibe Madre Tereza de Calcutá me impediria de viver até minhas horas offs se eu os visse precisando de ajuda.

Bom, respondi sendo o mais sincera possível, dizendo que não me sentia segura pra fechar após apenas dois dias de conversa, era precipitado e esse não era o tipo de coisa pra se decidir no impulso, que ficava lisonjeada com a oferta deles, mas que me sentiria melhor se continuassem procurando uma outra garota pra ser au pair deles. Deixei claro que não queria fazer essa escolha estando em dúvida e eles me responderam de maneira muito carinhosa dizendo que entendiam minha posição, mas que eu continuasse pensando neles.

Foi bem difícil fazer isso e lá se foi, talvez, uma das minhas chances de ser muito feliz no US, mas vamos ver o que o destino me reserva.

E ontem minha agente ligou pra reclamar porque viu meu au pair room, eu sou a atual aupair dela que mais falou com famílias e não fechou ainda. Aí veio saber porque eu estou fazendo tanto doce pra escolher logo uma e embarcar. Simples, né?
Enfim, expliquei tudo, ela entendeu, mas disse que eu tenho que ser menos seletiva e se aceitasse baby, já teria ido.

O caso é que ainda não estou com pressa, muito menos pressa pra arruinar minha estadia lá com uma escolha precipitada com uma faixa etária que eu não me sinto bem cuidando. Oi, é o MEU ano lá e eu que sei para o quê eu estou pronta?
Pra completar, três famílias disseram que tiveram problemas pra se comunicar comigo [a louca do OR que não sabe fazer chamada internacional ou responder email pra uma só garota, a de CT porque na primeira conversa calculamos o fuso de forma errada e só falamos nos dia seguinte e a de WA que foi erro meu mesmo demorar], que isso poderia afastar novas famílias e eu podia me dar muito mal. OK... fiquei tensa, mas vamos esperar. É só o que me resta.


UPDATE!
Chegaram notificações de mais duas famílias. *__*
Torçam por mim, meninas! ;**

domingo, 23 de janeiro de 2011

You can call me lucky, but I'm not so sure.

Desde que fiquei on line, o desespero e a ansiedade estão em taxas elevadíssimas. Agora não depende mais de mim, da STB ou da APC, mas da sorte de alguma boa família gostar do meu perfil e ter a bondade de entrar em contato.
Com o fim da faculdade, fiquei com bastante tempo para ler os blogs e também a comunidade e é por lá que acompanho o desespero das meninas que estão na mesma situação que eu, apenas esperando famílias.

No post anterior eu comentei apenas sobre a primeira família que apareceu, eram da South Carolina e o maior problema era o fato de ser tão no meio do nada que me deram a opção de estudar na North Carolina, veja só.
De lá pra cá, mais quatro famílias me apareceram. Isto mesmo, mais quatro famílias em apenas dez dias. Você deve estar pensando que eu sou bem sortuda, já que em tempos difíceis de famílias eu tenho tido tantos contatos, mas não é bem assim. Senta que lá vem a história...

A segunda família de quem recebi notificação era do Oregon [láá do outro lado do país, onde não rola interesse algum em morar]. Li o perfil já sem ânimo pela localização e logo recebi o email da HM reclamando algo sobre não ter conseguido me contactar direito e eu aqui sem entender nada. Verifiquei meus telefones e nada. Só depois percebi que ela tinha enviado o email pra mim e mais três meninas, então uma delas era a incomunicável. Juntou essa indelicadeza da mãe com o meu desinteresse por morar quase na fronteira do Oregon com Washington e eu decidi nem responder o email.

Passei dois dias pensando se era certo rejeitar uma família só pelo lugar onde eu teria de passar um ano e me chega email e notificação de uma outra família, dessa vez, de Connecticut. :D
Ah, agora sim me animei. Pela primeira vez surgiu a chance de morar na área que eu desejava desde o princípio. Alguns desencontros por causa do fuso horário e tivemos nossa primeira conversa via Skype no domingo. A mãe foi uma simpatia, conheci o pai e também o baby (10mo). Mesmo que babies não sejam bem o que eu quero, era apenas um e já teria um ano quando eu chegasse. Fiquei bem animadinha mesmo e a mãe até sugeriu que eu conversasse com a atual au pair deles.
De tarde, ela já me chamou no Skype para conhecer a moça, mas ela mesma ficou conversando comigo, tirando mais dúvidas e dando mais instruções. Depois ela me enviou o email e skype da au pair para que na próxima conversa eu pudesse ver o meu futuro quarto. Sim, tudo rápido assim.
E eis que chegam os problemas... na mesma noite, perguntando ingenuamente sobre o curfew, a menina disse que não sabia responder porque só saía de noite para a biblioteca e pronto. oi? Imediatamente, ela chamou a host que passava em frente ao quarto [sim, conversamos com a porta do quarto dela aberta e o quarto ficava ao lado dos hosts e do baby]. Ela veio toda simpática, até descobrir que eu gostaria de saber se teria hora para voltar. A mulher mudou completamente, disse que na semana eu poderia chegar até onze da noite, já que trabalharia no dia seguinte e precisaria de uma boa noite de sono, mas no final de semana podia voltar meia noite. Oi?

Não fosse isso, ela ficou realmente brava e perguntou se eu pretendia viver saindo a noite e eu disse que não era isso, mas queria de saber quais seriam as regras. Ela ficou bem irritada com a possibilidade de ter uma au pair baladeira, mas na hora a tranquilizei. Depois pensando com calma me chateie por pensar que, pela primeira vez na vida, eu teria toda essa cobrança com horários. Talvez eu até passe um ano inteiro voltando pra casa no horário da Cinderella, mas eu aceito que seja assim pela minha vontade e não por imposição dos outros. Ela continuou me mandando emails, mas eu parei de responder. Não foi simplesmente o fato de não poder voltar tarde, mas percebi que ela era bem inflexível quando o assunto a desagradava e eu gostaria de viver com gente que pudesse conversar e ceder, quando possível, e ela não demonstrou isso.

Nisso, recebo uma ligação em casa da APC querendo repassar uma chamada da host do Oregon. AI MEU DEUS. Conversamos uns cinco minutos, todo mundo nervoso, mas ela foi uma fofa. Tão fofa que eu cogitei por minutos morar no Oregon e até pesquisei umas coisinhas, mas passou. Ela ficou de mandar email e eu fiquei rezando pra que nunca chegasse. Como esse povo é tão amável, hein?

No meio desse pessoal da agência, essa semana me chegou uma mensagem do GAP de uma host da Virginia respondendo a um recado interessado meu. Trocamos uns três LONGOS emails, ela tinha começado a pesquisar e tava pensando em ter uma au pair. Bom, a mulher é linda, a família é fantástica e ser au pair deles seria um sonho. Até entrar na agência ela topou, me deu conselhos pra vida e ficou nessa coisa completamente amazing. Eu vi minha vida na Virginia e, de repente, ela disse que escolheria uma garota até o fim do mês e queria conversar comigo no Skype. Isto foi quinta-feira e aqui estamos, cri cri...

Sofrendo na espera da host da VA, recebo notificação e email de uma família do norte de New York, quase no Canadá. Vamos ver o perfil e QUATRO kids, sendo trigêmeos de um ano e meio e outro de 3. Não, nem condições, mas insisti em ver as fotos e eles são as coisas mais lindas. Pena que eu não sou maluca, senão ia mesmo só pela fofura dos meninos.

Volto pro meu email e chega uma mensagem imensa da host do Oregon, ai Jesus.

Fim de domingo, vim aqui só postar pra vocês essas novidades e também que eu voltei pra escolinha que trabalhava ano passado e sou novamente uma pessoa empregada, chega outra notificação e email de uma família de Illinois com duas kids e um recém-nascido. OH MY GOD.



Se alguém leu tudo isso deve estar pensando que eu sou a pessoa mais fresca do mundo por estar reclamando, mas eu nem reclamando estou. Como já disse antes, não estou com pressa ainda e não vou topar qualquer família. Das cinco que me apareceram pela APC, nenhuma funcionou por causa do tamanho das kids [apenas a do Oregon porque né].
Eu não vou sair escolhendo a idade exata, mas eu sei que não seria capaz de cuidar bem de uma criança menor de um ano, ainda mais se tiver mais que uma em casa. Seria loucura e logo eu estaria aqui chorando e querendo voltar pra casa, então vamos fazer as coisas direito.

No momento, só queria que a senhora da Virginia voltasse e dissesse que quer, ao menos, conversar comigo. Tava tão fall in love com ela. Que ela volte ou que surja alguma família tão linda quanto ela porque agora eu tenho um emprego e posso ter um match sem roubar bancos ou vender orgãos. :)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"Não declare que as estrelas estão mortas só porque o céu esta nublado"

E cá estamos de volta, sem muitas novidades, apenas pra dar um sinal de vida.

Duas semanas on line e pra não ser só reclamação vou confessar que uma HF da South Carolina entrou no meu perfil e até mandou email, respondi bonitinho e tal, apesar de não curtir muito a localização e uma das kids ser muito pequena. Sou fresca?
Talvez, mas enquanto não tô desesperada e louca querendo embarcar, vou me dar a liberdade de "escolher". Se demorar muito e bater o medo de ficar mofando no Brasil até julho, aí eu topo até recém-nascidos trigêmeos no Texas, mas por enquanto tá tranquilo.

A verdade é que eu não tenho preferência de idade das crianças, amei cada segundo que fiquei com os de um ano na creche, como também adorava ficar com os de seis anos, mas o ponto é que meu maior interesse seria encontrar aulas bacanas e a maioria delas é no período manhã/tarde. Se as kids estiverem na escola, fica muito mais fácil, concordam?
Claro que eu sei que alguns colleges ofertam aulas a noite, se for o caso, pode ser assim também. Mas vejam o caso dessa em SC: perguntei por colleges/universities próximas e ela me falou da que a atual au pair frequentava na North Carolina. oi?
Vejo meninas que os cursos são há quadras de casa e elas não conseguem frequentar, imagine ter que ir a outro estado, mesmo que próximo?

Enfim, acho que a host mom me achou boa, mas meus interesses eram incompatíveis com a família. Sem falar que perguntei do schedule e ela disse que era de oito da manhã à oito da noite, mas que ela não tinha muito horário pra voltar, podia demorar, era imprevisível. Isso com uma kid em tempo integral. #NOT

E foi isso. No mais, estou ainda procurando emprego e nada. Liguei ontem na escolinha pra ver se eu ainda volto pra lá e a dona me disse que é provável que sim, mas só pode me responder em fevereiro quando os pais voltam pra fechar matrícula. Eu já disse que neste momento mais da metade dos meus ex-aluninhos estão de férias nos EUA e na Europa? Pois é, triste. Só digo isso. ;~~

beeijos ;*

ps: e hoje foi minha primeira postagem no blog das 30 au pairs. nada de novo ou original, mas depois melhora. I hope so...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"Stand by me, nobody knows the way it's gonna be..."

E começa 2011, o ano em que estou me sentindo mais perdida na vida.
Acabou a faculdade e sem empregos, a única coisa que eu tenho certa até agora é a idéia de ser au pair. Ainda estou me sentindo meio estranha com essa situação nova de liberdade, de não ter obrigações a não ser esperar que as famílias falem comigo e que possamos ver onde pode ser mais confortável passar os próximos meses.
Na verdade, eu ainda preciso arrumar um emprego antes de ir porque muitos gastos ainda virão. Vou aguardando o contato da escola que eu trabalhei, é bem possível que liguem porque estão precisando de professoras e auxiliares, mas muitas futuras au pairs deve aparecer por lá e eles podem adiar contratações ao máximo, enquanto tiverem ajuda voluntária. Só me resta esperar.

Esses dias voltei a me sentir mal e questionar 'por que raios eu vou passar um ano sem estudar coisas na minha área?'. Acho que isso é mal de quem nunca parou e teve tempo para si, só pode, mas já passou também. Pensei no investimento que vai ser e já pedi aos amigos que sempre me lembrem das coisas que eu estou indo fazer lá, caso eu diga que não quero mais ir.
Alguém me aconselhou a não parar minha vida e meus planos apenas esperando que as famílias entrem em contato, mas o grande problema é que se não for au pair, os outros planos são bem maiores e precisam que a viagem seja colocada de lado, não é algo que convive junto com uma possível mudança daqui a alguns meses. Vamos ver...

Mas tudo isso deve ser a ansiedade também. Por sinal, acabei nem comentando, mas fiquei on line quarta-feira passada. Morri de ensaiar o que dizer e esperar a ligação e, no fim, a AuPairCare simplesmente mandou apenas um email dizendo que meu perfil foi aprovado, sem entrevista nem nada. ¬¬'

Bem, então que venham as famílias. :)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

"Keep your feet on the ground, when your head's in the clouds"

Algumas coisas precisam terminar para que outras possam começar. É nisso que tenho pensado bastante nesse final de 2010. Este ano foi bastante importante porque nele encerrei minha graduação e, com isso, pude começar a planejar minha vida como au pair em 2011.

Anos atrás criei um blog intitulado "Sem sorte" apenas para relatar os absurdos que me acontecem e como na minha vida tudo que pode dar errado, dá. Esse ano não foi diferente, muita decepção, expectativas falidas e planos que não saíram nada como eu queria e sabe o que eu digo disso? Foi muito melhor assim.

Não é por ser otimista ou coisa do gênero, mas é que eu pude perceber que quando tudo deu errado, por exemplo, quando o carinha que eu tava perdidamente apaixonada não pôde mais ficar ao meu lado, eu tive que resolver o que fazia da minha vida e fiz outras escolhas. Como a idéia de um mestrado estava completamente ligada a ele, parei de pensar nisso e com o incentivo da minha mãe, comecei a arrumar as coisas pra ser au pair. Depois foram outras decepções, outros "nãos" que eu fui recebendo e me redirecionando pra outros caminhos, outras escolhas, outras pessoas e não poderia ter sido melhor. No fim das contas, 2010 foi um ano cheio de "baixos", mas eu não poderia estar mais agradecida por tudo que aconteceu nele. :)

Agora é ir a luta. Monografia defendida, application enviado, já recebi a ligação da STB e estou morrendo na espera pela entrevista da AuPairCare, que deve acontecer até o dia 31. Depois disso estarei on apenas aguardando a família que vai me fazer sentir confortável por todo 2011. Como a minha melhor data para embarque é lá pra março, acho que terei que dosar toda a ansiedade e me acalmar a cada contato. É isso ou assaltar um banco pra pagar o programa todo de uma vez e ir antes de março. =x Hueahueaheauheau.

Sobre o vídeo, aparentemente, não posso mudar, meninas. Continuei insistindo e nada, mas já estou conformadinha. :) Quem quiser me ouvir falando mais, me ligue. Skype tá aí pra isso.

Beijos e um ótimo 2011 para todas nós. \o/\o/\o/


Ops, NEEWS: agora eu posto no blog das 30 au pairs. :D

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

"This is what dreams are made of..."

E chega o post de dezembro, hahaha. :)

Dessa vez, tenho várias coisas pra contar e ainda estou analisando se, no fim das contas, são coisas boas ou ruins. Por favor, me ajudem a ver o bright side disso tudo.

Não vi muitas meninas comentando pelos blogs, mas essa semana chegou um comunicado da STB informando que as meninas que não dessem o submit até dia 15/12 perderiam a gratificação no final do programa. Tá, não é graandes coisas, mas algum dinheiro sempre é bom e perdê-lo por uma mudança de contratos arbitrária e repentina é muito sem noção.

O problema era que eu tinha até o dia 14/12 pra entregar a monografia a minha banca examinadora, então, por mais que eu queira muito ser au pair, eu tinha que priorizar o término da faculdade. Monografia entregue, passei a madrugada da noite passada gravando o vídeo e arrumando fotos. Era basicamente isso que faltava, mas quem disse que eu conseguia falar direito no vídeo? E sozinha dificulta ainda mais. Resultado?

Perdi a paciência e fiz o vídeo do jeito que deu. Ficou bonitinho, coloquei a música do título do post e uns pedacinho de "Fireflies" e muuuita foto. Minha agente não gostou nada, nada. Disse que podia até ter reclamação ou eles podiam barrar (?) meu vídeo porque eu falo muito pouco. Bom, paranóica como eu sou, já até calculei quantos segundos eu falo no total. De 2:40s, eu falo 0:50s, mas sinceramente não deu pra fazer mais.

Em compensação, não fiquei falando de mim, da minha família ou dos meus gostos. Me apresentei, mostrei cidade e tal, falei porque queria ser au pair, falando de experiência com kids comentei meu trabalho na escola e da relação com meu irmão pequeno, aí agradeci e blá bla. Pronto. Sinceramente, será que foi tão pouco assim? Na minha cabeça, eu tinha falado o essencial e isso que valia. =/ Tô chateada com isso e mais ainda de pensar que, se tivesse tido tempo, poderia ter feito algum muito bom. O pior é que não tem como substituir esse video por um melhorzinho depois, mas vamos lá.

Por hora, é isso. Submit dado e defesa da monografia na sexta-feira.
Wish me luck, pleaase.

;**

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

"I need to find peace anywhere in me I feel like I'm under water, struggeling to get air..."

Infelizmente, as postagens têm sido mensais, não tenho conseguido fazer de outra forma.

Motivo 1: completa falta de tempo. A vida tem sido uma correria absurda com o fato de ter aula na faculdade duas manhãs na semana, todo dia ter que estar de meio dia às seis da noite na escola, ser monitora da disciplina mais bagunçada daquela Universidade [minha antiga chefe pediu afastamento por licença médica, mas as aulas continuarão comigo e outro professor, tudo ficou mais confuso] e ainda escrever uma monografia para defender até o dia 10 de dezembro. [Isso mesmo! Já tenho a data da defesa, só falta o texto...].

Motivo 2: completa falta de novidades. Desde que me inscrevi no programa e fui contratada pela escolinha que eu era voluntária, nada de novo ocorreu. Quer dizer.

Fiz a segunda viagem à Brasília para o Estágio na Câmara e foi novamente cancelado. Fui mesmo assim, não ia perder as passagens e fiquei na casa de um amigo. O problema é que ir àquela cidade confunde demais minha cabeça e os meus planos. Talvez isso seja assunto pro meu blog pessoal, mas o fato de mexer com as minhas pretensões de ser au pair faz com que o assunto seja cabível aqui também.
O fato é que estar em Brasília, principalmente, nos espaços onde eu circulo quando estou lá, me lembra o que eu realmente quero da vida e me faz questionar se esse um ano nos EUA não seria, em parte, perda de tempo, já que me faz adiar um ano de estudos preparatórios para a vida que eu realmente quero.

Na semana que estive lá, planejei e replanejei minha vida mil vezes. Quis desistir do programa, quis morar lá a qualquer custo, quis passar uns tempos em SP me preparando pros concursos, quis viajar de novo porque o inglês aprendido fora seria importante de todo jeito, quis conseguir contatos que me ajudassem a ficar em Brasília mesmo, só não quis voltar pra casa. É, percebi que no fundo, meu grande problema é estar em casa. O mundo lá fora é um lugar melhor que a minha própria casa. [Talvez quando estiver fora, eu repense isso].

O fato é que voltei pra casa, sofri um bocado e decidi que não quero voltar à Brasília tão cedo porque foram momentos fantásticos e, provavelmente, tão cedo não viverei algo tão bom assim lá. Recriminei um pouco meus pais por não ajudarem nas minhas coisas, mas entendi que mesmo sendo ruim estar sozinha, é a melhor forma para que eu cresça e aprenda a dar meus passos por conta própria. Lá fora, ninguém vai estar por mim além de mim mesma, já vou aprendendo.
E decidi que eu posso ir me preparando pro que eu quero, mesmo sem estar em SP, BSB ou qualquer cidade daqui. O lance é ter disciplina e foco no que eu quero, não é fácil, mas ninguém disse que seria. A grande arte da vida é vencer os obstáculos e quanto mais forte você se mostra, mais empecilhos a vida coloca. O negócio é não desistir e se dedicar.

E é isso. De vez em quando, bate um desânimo, principalmente, depois dessa balançada de idéias que eu senti na cabeça, mas tudo está voltando pro seu devido lugar e agora eu preciso focar em escrever a monografia.

Quanto ao processo, para dar o submit só está faltando o vídeo, a carta e o passaporte, que eu vou agendar amanhã. :)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

"No, I ain't wastin' no more time. And now my fears, they come to me in threes."

E depois de algum tempo em silêncio, retornei com as devidas novidades. Bom, vamos por partes. Assim que cheguei da viagem à Brasília, fiz as contas e percebi que não precisava mais voltar à escola que eu fazia trabalho voluntário, visto que já tinha cumprido o mínimo de horas requisitadas para entrar no programa. Sim, quanto mais horas melhor, mas eu estou no último semestre da faculdade, precisando terminar a monografia e como sou bolsista na faculdade, ninguém poderia saber que eu estava "trabalhando" em outro lugar, sem contar que a minha chefe consome demais o meu tempo e eu estava prestes a ser pega por ela.

Eis que resolvo retornar à escola para dar adeus aos meus pequenos e também às professoras que acabaram se tornando ótimas companheiras de trabalho (a maioria delas). Daí cheguei no meio da manhã e resolvi que iria ficar até a hora do almoço pra ajudá-las e depois iria pra casa. De repente, a coordenadora vai me chamar na salinha dos babies e diz que quer ter uma conversa. Pensei logo que devia ser um novo horário que ela me daria ou que deveria substituir alguma professora que faltou, mas resolvi ouvi-la antes de dizer que estava me despedindo.

Pois bem, a conversa era pra dizer que a dona da escola estava procurando alguém para contratar apenas no período da tarde pra ficar com a turminha que eu já ficava voluntária, estava difícil achar alguém que quisesse ficar com eles (sintam o quanto eles são anjinhos) e que elas souberam que eu gostava de ficar com eles, looogo... queriam saber se eu me interessava. Bom, não tive como negar a proposta porque além de somar mais algumas horas, ainda ganharia algum dinheiro e isso já tava me preocupando, afinal, minha bolsa termina em dezembro. ;~~

Tem a coisa do tempo, mas sendo apenas a tarde fica mais tranquilo. Na negociação, expliquei que eu era monitora na Universidade às quintas e nesse dia não poderia ir, mas eles estavam precisando tanto de alguém que toparam mesmo assim. E pronto, agora trabalho lá por novembro e dezembro, ao menos. :D

A outra novidade é que [ENFIM!] fechei com a agência. Vai ser STB mesmo. A agente de lá é uma fofa e parece bem disposta a dar o suporte necessário, então pronto. Já preenchendo app, teste psicológico e tudo mais. Confesso que deu um meedo tão grande no dia que eu fui lá fazer a matrícula no programa. Queria saber se mais alguém também sentiu isso. Espero que seja normal.

Ah, e pra ficar melhor, chegou lá na escola uma nova menina que vai ser au pair também, a Camilla. Não só é da mesma agência que eu, como também foi encaminhada pela mesma agente. Ela tem me ajudado pra caramba, além de dividir as angústias que sentimos ao longo do processo, estamos tirando mais fotos minhas com as kids. Antes eu ficava meio sem graça porque sentia que as professoras não gostavam muito e não queriam ajudar. Agora, a gente se reveza inventando as poses e o mais legal é que a gente sabe exatamente como devem ser as fotos, então tá ficando lindo. *_*

E por hoje é só. Ah, mais tranquila agora por ir só lá pra março mesmo. Depois fui ver e é nessa época que acaba o inverno por lá e começa a primavera. Melhor mesmo chegar com um clima mais tranquilo e não ter que já me preocupar em gastar com roupas de frio e tudo mais. :D

sábado, 11 de setembro de 2010

"Every new beginning comes from some other beginning’s end..."

Olá a todos que aqui vieram parar (ao acaso ou não).

Muito provavelmente foi o assunto au pair que deve ter te trazido até este blog, pois... espero torná-lo um espaço para trocarmos informações e dividirmos todos os medos e ansiedades deste grande passo que estamos pretendendo dar rumos aos States.

No momento, ainda estou um pouco distante da concretização dessa vontade, mas resolvi criar o blog especialmente para ter um controle melhor de todas as meninas que eu já seguia e suas atualizações. Conforme o meu processo for andando, eu também virei aqui contar e pedir ajuda, certo?

Por enquanto, estou terminando de completar as horas necessárias para dar início ao processo de fato. Após algumas dúvidas sobre a agência, devo fechar com a STB até o final do mês e começar a preencher o application. E é isso. =)

Boa sorte a todas nós.