sábado, 12 de fevereiro de 2011

I HAVE A MATCH! \o/

É, é isso mesmo que vocês leram aí em cima. Eu tenho um match. ;)
Vou contar como foi... [preparem-se, email BEM longo. sejam boas au pairs e exerçam a paciência!]

Bem, da última vez que postei comentei que tinham aparecido mais duas famílias no meu perfil. Pois é, mais uma de Washington e outra da Virgínia. Minhas amigas sabem como eu queria demais morar perto de DC, ainda mais na Virgínia já que a Fah Pasquini também está indo pra lá e hoje ela é uma das pessoas mais especiais pra mim. Morar perto dela ia ser fantástico. Bom, o caso é que nenhuma das duas famílias me mandou email, apenas pegaram meu application. A de Washington, além de não me interessar por ser longe de todas as minhas amiguinhas au pairs, ainda tinha CINCO crianças, dentre elas, lógico, um recém-nascido. Oi?
A da Virgínia tinha apenas dois garotos, um de quase três anos e outro de quase dois. *_*

Lógico que com algum incentivo da Fah resolvi mandar um email mostrando toda a minha disponibilidade e interesse pra segunda família. Foram três ou quatro horas de espera por um email que não veio, mas me adicionaram no Skype e antes que eu pudesse aceitar, ligaram no meu celular. E todo mundo sabe que ligação é bem pior que Skype, daí pedi pra conversarmos por lá mesmo. Eles toparam e lá fomos nós. Deve ter sido pouco mais de 40 minutos de conversa, com algumas falhas na chamada e praticamente só conversei com a host mom, mas eu respondi bonitinho a maior parte das coisas e ainda falei com o boy mais velho, o Max. =)

Isso foi na sexta e eles combinaram que conversaríamos novamente pelo Skype no domingo. Ok, depois enviei um email agradecendo pela conversa [eu sei, eles que fazem isso, mas nesse caso a maior interessada era eu] e explicando melhor algumas perguntas fundamentais que ela fez e assumiu não ter ouvido bem por causa da chamada ruim. Eles responderam algum tempo depois com algumas dúvidas e eu respondi direitinho também perguntando o horário da chamada de domingo. Nisso, ninguém respondeu nada no sábado inteiro e eu quase morri no domingo, até que as 14h ela responde dizendo que iria me ligar às 19h, mas no mesmo horário teria a visita da LCC e só poderia me ligar às 21h. OK.

Toda pronta pra chamada de domingo que se resumiu a 12 minutos dela tentando dizer algo além de "Can you hear me?" sem sucesso. Fiquei bem triste, claro. Se ela fosse supersticiosa ou bem boba, podia achar que era um sinal e me descartar, mas ela apenas se desculpou e disse que me ligaria pela agência na terça à noite. ;~~
Agora seria DUAS noites mal dormidas até lá, mas eu não podia fazer nada além de esperar.

E na terça-feira o sofrimento começou quatro horas antes do horário marcado. E meia hora depois do combinado, eles ainda não tinham ligado e eu já estava considerando que eles tinham fechado com uma menina e esquecido de dispensar o resto. Mas mesmo com o atraso, ligaram. Mais quatro perguntas e a resposta ao meu questionamento sobre o importantíssimo curfew e ela teve que repetir quatro vezes a pergunta sobre eu querer ser au pair deles. *_*

Era tudo que eu queria e precisava ouvir dela naquela noite. Depois rolou um momento gagueira e só conseguia dizer o quanto estava feliz e empolgada, que os quis desde a primeira conversa e agora eu tinha sido escolhida, tudo isso aos pulos. Toda essa euforia, louca pra desligar e sair gritando pela casa e, de repente, escuto o Max dizendo "Hi! I match you". Pode chorar agora?

Mas falando nisso, a manteiga derretida aqui ainda não derramou uma lágrima. Ninguém entendeu o porquê, mas é simples: eu ainda não estou acreditando em tudo isso.

Mas, seguindo, depois o host dad pegou o telefone e eu repetindo que tava feliz com a escolha deles e pedi pra ele me perguntar o que quisesse, já que eu falei apenas com a host mom e ele diz que não precisa perguntar nada porque eles tinham gostado do meu vídeo, adorado minha personalidade e eu tinha dado as respostas certas a tudo que eles quiseram saber e ele simplesmente acreditava em tudo aquilo sobre mim. ;~~
Falamos mais uns 20 minutos e, no final, ele elogiou meu inglês especialmente nos emails e eu pedi pra que a gente não perdesse o contato até a minha data de chegada, afinal de contas, em breve eu viveria na mesma casa que eles, então podíamos ir começando a deixar de ser estranhos a partir daquele momento. Ele adorou a idéia. Eu estava tão eufórica quando fui me despedir que pedi pra eles, por favor, não mudarem de idéia quanto a mim. HAHAHA. O host vai e diz que ele já tinha me escolhido dias atrás e eu era quem eles estavam procurando. Pode chorar²?


Enfim. Não sei se essa vai ser a família dos meus sonhos, se vou ficar com eles um ano inteiro, renovar ou pedir rematch uma semana depois, mas estou me sentindo bastante segura sobre eles, muito feliz por tudo que ouvi e acho que é isso que importa e é como eu gostaria de me sentir nas minhas últimas semanas no Brasil.
Lá não vou ter carro só pra mim, vou dormir no mesmo andar da família e eles não parecem tão derretidos quanto o host de Chicago, mas são apenas duas crianças e eles têm a idade que eu gostaria de cuidar, a mãe quer que eu tenha atividades fora de casa, os pais são bem ocupados, é perto de DC, meu schedule é diurno e prioritariamente na semana [apenas uma vez por mês precisam de mim nos fins de semana por causa do trabalho dele] e eu espero ter sido a escolha certa pra ambos. Isso veremos em breve.

Enquanto isso, eles só pediram o match na APC na quinta-feira e ninguém me mandou email. Descobri sem querer mexendo no au pair room. ;) Depois veio um email dela bonitinho explicando a rotina dela e dando outras explicações. Agora é correr atrás do visto, que é o que vai me tirar o sono pelas próximas semanas. Quem tiver dicas, por favor...

Agradeço a todas que tiveram a paciência e o carinho de ler, mas entendo bem quem fez leitura dinâmica nos parágrafos ou só pulou pra descrição da família, rá! ;)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"Let's make this happen, girl, you gonna show the world that something good can work and it can work for you."

E pra quem no começo do blog reclamava de novidades e de tempo livre sobrando, agora tenho tão pouco tempo que o que vim contar já nem é tão novo assim, mas de qualquer forma é bom deixar registrado.

Lembram que eu falei que a família do Oregon tinha voltado a me mandar emails? Pois bem, no dia seguinte ela fez novamente a APC me ligar e transferir a ligação, já que aparentemente ela não tem conseguido fazer as chamadas direto.
Depois trocamos mais alguns emails e ela se mostrou bem maluca, do tipo: eu nunca poderia sair de casa com as kids. Isso mesmo, NUNCA e pra coisa nenhuma. Tá que eu posso ser criativa, mas passar nove horas trancada em casa durante um ano inventando entretenimento seria uma luta imensa. Depois ela veio falar dos hábitos vegans deles que era uma coisa quase xiita, aí foi o bastante, dei umas respostas mais desanimadas nos emails e ela desistiu. Thank God.

Como tava nessas de responder os emails de todo mundo, enviei um pra família de Illinois que tinha gostado deles, mas que não me sentiria confortável o suficiente pra cuidar de um recém-nascido ou baby menor de um ano. Ele me respondeu prontamente dizendo que eu só ficaria com os dois maiorezinhos (4y e 2y).
Aí a coisa mudou de figura e me animei e combinei de conversarmos em breve pelo Skype, sem pressa já que o bebê nasceu na última terça. E eis que nos dia seguinte ao email, sábado passado, ele me liga no celular e eu nervosíssima pedi pra irmos pro Skype. Lá estava a host, ele e eu. A host ficou muda do começo até quase o final, quando disse que mandaria as questões dela por email. O host foi a pessoa mais LINDA e MEIGA do universo.

E aí começa meu drama. Ele mandou o schedule por email, como eu havia pedido, e também explicou a parte que eu não tinha ouvido direito na chamada... a host tem câncer e vai começar o tratamento esse mês, ou seja, vai estar bem cansada e doente em breve.
Em seguida, chega o email dela pedindo pra eu falar das minhas dúvidas sobre a doença e dizendo que entende se eu quiser desistir por isso. Pronto. Meu coração se partiu em mil pedacinhos porque eu só pude imaginar quantas meninas devem ter desistido ao saber disso.
Fui sincera e disse que isso não seria um grande problema e eu só gostaria de saber para o quê eu deveria estar preparada e o que deveria me causar preocupação.
Mais emails e teríamos uma nova conversa no dia seguinte pelo Skype. Depois fiquei pensando que se a mãe cuidaria do newborn, quando ela tivesse mal, quem assumiria o baby? Entendam, meu problema não é a doença dela, mas o fato de que não teria mais ninguém além de mim para olhá-lo na ausência dela. E isso, definitivamente, é algo que não estou preparada e é o tipo de responsabilidade para a qual não quero estar. Quando for o MEU baby, ok... o dos outros, não!

No Skype, nem tínhamos mais o que dizer e eu tava desanimada, mas sem querer dizer ou saber como fazer isso, então ficamos de irmos nos falando por email. Falaram apenas que queriam alguém pra abril e eu comentei que o mês até seria bom pra mim, se não fossem as parcelas restantes do programa que me impedem de ter um match enquanto não estiverem quitadas. Questionaram quando eu terminaria e eu falei em dois meses pra ver se eles desanimavam e voltavam a procurar alguma garota disponível pra já.
Nos despedimos e 15 min. depois chega um email agradecendo pela conversa, propondo o MATCH e dizendo que se fosse necessário eles pagariam minha dívida com a agência e depois nos acertaríamos. *__*

Sério, o que fazer com isso? Quis morrer, quis aceitar porque eles eram uns amores, quis desistir porque o bebê terminaria sendo meu, voltei a pensar em aceitar porque talvez eu não ache família tão acolhedora e maravilhosa quanto eles, mas terminei por decidir não fechar, afinal de contas, é um ano pra mim e não pra que eu me dedique integralmente a uma família linda que vai me tratar muito bem, mas que não são exatamente a minha vida. E podem me chamar de egoísta, eu entendo demais, mas minha vibe Madre Tereza de Calcutá me impediria de viver até minhas horas offs se eu os visse precisando de ajuda.

Bom, respondi sendo o mais sincera possível, dizendo que não me sentia segura pra fechar após apenas dois dias de conversa, era precipitado e esse não era o tipo de coisa pra se decidir no impulso, que ficava lisonjeada com a oferta deles, mas que me sentiria melhor se continuassem procurando uma outra garota pra ser au pair deles. Deixei claro que não queria fazer essa escolha estando em dúvida e eles me responderam de maneira muito carinhosa dizendo que entendiam minha posição, mas que eu continuasse pensando neles.

Foi bem difícil fazer isso e lá se foi, talvez, uma das minhas chances de ser muito feliz no US, mas vamos ver o que o destino me reserva.

E ontem minha agente ligou pra reclamar porque viu meu au pair room, eu sou a atual aupair dela que mais falou com famílias e não fechou ainda. Aí veio saber porque eu estou fazendo tanto doce pra escolher logo uma e embarcar. Simples, né?
Enfim, expliquei tudo, ela entendeu, mas disse que eu tenho que ser menos seletiva e se aceitasse baby, já teria ido.

O caso é que ainda não estou com pressa, muito menos pressa pra arruinar minha estadia lá com uma escolha precipitada com uma faixa etária que eu não me sinto bem cuidando. Oi, é o MEU ano lá e eu que sei para o quê eu estou pronta?
Pra completar, três famílias disseram que tiveram problemas pra se comunicar comigo [a louca do OR que não sabe fazer chamada internacional ou responder email pra uma só garota, a de CT porque na primeira conversa calculamos o fuso de forma errada e só falamos nos dia seguinte e a de WA que foi erro meu mesmo demorar], que isso poderia afastar novas famílias e eu podia me dar muito mal. OK... fiquei tensa, mas vamos esperar. É só o que me resta.


UPDATE!
Chegaram notificações de mais duas famílias. *__*
Torçam por mim, meninas! ;**