[na verdade, a postagem tá sendo feita direto de Miami porque meu avião de Fortaleza para Guarulhos atrasou, teve duas panes que depois aparentemente sumiram, e em seguida o desespero pra preencher o I-94 certinho antes do embarque!]
Como as minhas queridas amigas cobraram, estou escrevendo do aeroporto esse último post em terras brasileiras. Como o tempo entre a aprovação do visto e o embarque foi mínimo e ainda reduzido pelos dias de feriado do Carnaval, só pude resolver as pendências da viagem nesta minha última semana. E foi tudo de uma vez só.
Toda a tensão com a espera do passaporte com o visto, a burocracia com a PID, os presentes para os hosts e kids, o projeto da APC, os últimos encontros com as pessoas queridas. Toda essa trabalheira que dá quando te falam que AGORA VAI pra resolver apenas nesses últimos cinco dias. Acabou que não deu tempo pra tudo, estou indo sem deixar procuração nenhuma e sem levar um sonrisal sequer porque não consegui encontrar meu médico e também não houve muito tempo pra ir atrás de outro. Mas vou mentalizando que vai dar tudo certo e vou. ;)
Não chorei pra valer na despedida com a família ou com os amigos. Não foi por pouco gostar ou indiferença pelo tempo que vamos ficar separados, mas eu ainda não assimilei a idéia de que em algumas horas eu vou estar em um avião rumo a Miami e depois pra NY. Talvez a ficha caiaça quando colocar os pés lá, talvez no treinamento ou quem sabe só quando chegar na casa dos hosts.
O que todos têm certeza é que uma hora isso acontecerá porque eu sou muito manteiga derretida e só não me dei conta ainda do que essa viagem significa na vida das pessoas que eu deixo.
O lado bom é que uma parte das pessoas maravilhosas que deixo aqui estarão comigo daqui a três meses do outro lado do Oceano e vamos poder dizer que "apesar de tudo, estamos as quatro aqui em [insira aqui o nome de uma das cidades fantásticas por onde passaremos, seja Nova York, Philadephia, DC ou San Francisco]".
E não vou dizer que acho que vai ser tudo mil maravilhas, tenho noção da responsabilidade que tudo isso representa e devo dizer que apesar de todo o preparo dos últimos meses, de vez em quando ainda me sinto insegura com o desafio que acabei de topar, mas vamos em frente. Este é o momento e chegou a hora de viver essa parte da história.
Por fim, queria apenas agradecer a todas as meninas que passaram por aqui e me deram palavras de força e coragem. Sinceramente, não teria dado tão certo sem um apoio de cada uma. Foi assim na busca por famílias, na entrevista no Consulado e agora no embarque. Sigo mentalizando todos os desejos feitos nas caixinhas de comentários e espero de verdade encontrar cada uma de vocês para um abraço de agradecimento. Como eu sempre brinco, a gente entra no programa procurando famílias e acaba encontrando grandes amigas. ;~~
Até o próximo em solo americano!